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Plantas Pendentes e Como Usá-las

É impossível negar a influência positiva das plantas sobre as pessoas e os espaços em que vivem. Para celebrar essa relação e incentivar o cultivo dentro e fora de casa, convidamos a Selvvva e a Escola de Botânica a compartilhar aqui no blog algumas dicas preciosas sobre o tema. Olha só…

A falta de espaço para um jardim é uma das desculpas mais comuns de quem ainda não tem plantas em casa, mas você já parou para pensar que nem sempre os vasos precisam ficar apoiados no chão? Uma alternativa prática para ambientes pequenos – e que de quebra rende lindos efeitos – são os vasos suspensos com espécies pendentes. Além de garantir a presença do verde em cômodos onde há pouca superfície livre no piso, essas plantas podem ser expostas de diversas maneiras: em prateleiras altas rente ao teto, em estantes com nichos, em hangers de tecido ou corda e também em suportes especiais para fixar na parede. Em todos os casos o resultado fica incrível.

Plantas pendentes são aquelas espécies que crescem ‘para baixo’, derramando suas folhas exuberantes ao redor do vaso – entre as mais conhecidas estão: samambaia, columeia, hera, jiboia, peperômia e ripsális. Algumas gostam mais de sombra, outras precisam de bastante sol, além de todos os outros cuidados, é claro. Se você tem dúvidas de como deixar essas plantas sempre lindas e saudáveis.

Escola de Botânica: A poda é um procedimento utilizado para limitar o crescimento de algumas plantas, mas também é algo que estimula e acelera o crescimento de outras. Nesse caso não é possível generalizar. As plantas pendentes podem ser podadas ou ter seus ramos mais longos removidos a partir do momento em que estiverem interferindo no espaço, mas isso não é necessário. Vale sempre lembrar que na natureza não há ninguém realizando essa tarefa, sendo assim, se a planta cresce isso faz parte da sua genética. Uma grande vantagem da maioria das plantas pendentes é que, se um ramo for retirado através da poda, é possível fazer brotos e novas mudas com as partes removidas.

Quando a planta está com folhas amareladas devemos retirá-las ou é melhor esperar que caiam sozinhas?

Escola de Botânica: Folhas amareladas podem indicar algumas situações: senescência (velhice da folha), deficiência de minerais no solo ou até mesmo excesso de exposição solar. Independente da causa do amarelamento, remover folhas amareladas é algo que auxilia as plantas a economizar energia. Ao invés de consumir energia para manter uma parte já adoecida ou velha, quando as folhas amareladas são removidas, as plantas conseguem poupar amido (principal fonte energética da maioria das plantas) e aplicar essa energia em outras tarefas como produzir novas folhas. É importante ressaltar que se o amarelamento for generalizado, a situação é outra, pois isso pode indicar que a planta está sendo atacada por algum fungo ou novamente que o solo está com deficiência de minerais. Caso a situação seja essa última, adubar o vaso com húmus de minhoca ou fazer uso do chorume (diluído em água), pode suprir as necessidades minerais da maioria das plantas.

Selvvva: Os cachepôs são recipientes feitos para esconder os vasos de plástico que vêm direto dos produtores e normalmente não têm furos, por isso eles retêm o excesso de água das regas. Diferente dos pratinhos que facilmente transbordam quando cheios, temos que ficar mais atentos ao acúmulo de água nos cachepôs, pois não é tão visível. A cada rega, levante um pouco o vaso da planta encaixada para visualizar se acumulou água no fundo. No caso de acúmulo em cachepôs pendentes ou dentro de hangers, não se preocupe, não precisa tirar a planta de dentro do cachepô e ter o maior trabalho.  Apenas levante a planta para não virar a terra ao inclinar o recipiente e então é só esvaziar a água em excesso dentro de um balde.

4 espécies para ter em casa:

Flor de cera (Hoya carnosa)

Rega: Aproximadamente 1 vez por semana, sem encharcar. Antes de regar, coloque o dedo cerca de 2cm dentro da terra para sentir se tem umidade. Se estiver úmido, não regue.

Luz: Meia-sombra (sem insolação direta) ou sol ameno (sol muito intenso pode queimar as folhas).

Toxicidade: Não apresenta toxicidade para animais domésticos ou humanos.

Particularidade: Trepadeira de crescimento rápido que exige poucos cuidados diários. Suas flores são rígidas e duradouras.

Samambaia americana (Nephrolepis exaltata)

Rega: As regas devem ser frequentes, mantendo o substrato sempre úmido, mas não encharcado, por isso é legal que ele tenha uma boa drenagem. As samambaias gostam da umidade do ar, então é importante molhar também as folhas.

Luz: Meia-sombra com bastante luz difusa (o sol direto também pode queimar as folhas).

Toxicidade: Não apresenta toxicidade para animais domésticos ou humanos.

Jiboia (Epipremnum pinnatum)

Rega: Aproximadamente 1 vez por semana, sem encharcar. Antes de regar, coloque o dedo cerca de 2cm dentro da terra para sentir se tem umidade. Se estiver úmido, não regue.

Luz: Meia-sombra ou sol pleno (em áreas externas, por exemplo).

Toxicidade: Pode apresentar toxicidade para animais domésticos e humanos. Procure deixar os vasos em uma altura que os animais não alcancem, pois eles podem ingerir as folhas.

Particularidade: Planta com grande capacidade de propagação e crescimento rápido.

Lambari (Tradescantia zebrina)

Rega: Aproximadamente 1 vez por semana. Tomar cuidado para não manter o solo com muita umidade e matéria orgânica na superfície, pois em contato direto com a umidade o caule e as folhas podem apodrecer.

Luz: Meia-sombra ou luz difusa.

Toxicidade: Não é altamente tóxica, porém não deve ser ingerida pelos animais.

Particularidade: A parte inferior das folhas apresenta uma tonalidade arroxeada.

As frequências de regas passadas acima são apenas para orientar um primeiro contato com cada espécie, sendo o ideal prestar muita atenção nas respostas que a sua planta vai dar nos primeiros meses para dosar a frequência e quantidade de água necessária. É importante não exagerar na quantidade de água de cada rega, colocando apenas o suficiente para umedecer a terra. Prefira aumentar a frequência das regas ao invés de aumentar a quantidade.

Fonte: http://historiasdecasa.com.br